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domingo, 14 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Uma crítica aos flashmobs
terça-feira, 2 de abril de 2013
MASHUPS!
Brevíssima
História
dos Mashups
O
mashup
é uma
das
últimas novidades
da
era da
comunicação
digital.
Ele é caracterizado pela produção
de novos recursos com conteúdos associados a partir de
várias
fontes de áudio,
vídeo, imagem e
texto, ou
seja, o mashup só
é possível
a partir da
interação e da colaboração virtuais.
O
termo teria surgido na Jamaica, da expressão mash
it up,
cuja tradução literal seria destruir, arrebentar. O significado
teria uma conotação positiva, ligado aos músicos que apresentavam
uma boa performance junto ao público.1
A
recombinação de elementos para a criação de algo novo
não é uma novidade: uma
das mais significativas mudanças na área da
comunicação se
deu quando
Johannes
Gutenberg inventou a revolucionária prensa tipográfica a partir da
adaptação de uma série de tecnologias existentes, aperfeiçoando a
antiga prensa de rosca e
adicionando-lhe outras contribuições tecnológicas.
As
novas tecnologias apenas realçam um fato que sempre permaneceu na
História: somos
seres gregários e crescemos em todos os aspectos a partir da
convivência com os nossos semelhantes. A
primeira incorporação de informação diversa nas mídias de que
temos conhecimento se deu na China A.C. a partir da técnica de colagem,
na qual poetas teriam alterado papéis a partir da colagem com novos
textos, visando construir algo novo.
No
século XX, o
desenvolvimento das mídias possibilitou novas formas de combinação
de dados de fontes diversas. Foi na arte que novos movimentos de
experimentação começaram a questionar antigas regras e limitações a partir da
subversão artística, sendo a combinação inusitada de elementos
uma das formas de questionar regras (são exemplos o dadaísmo, o
surrealismo e mais tarde a pop
art).
(Acho que ainda prefiro o impressionismo.)
A
ideia se espalhou depois no cinema a partir das possibilidades
criadas pela evolução da edição,
no cenário audiovisual a partir do videotape, se
manifestando também
no remix de músicas.
Hoje
se fala numa “cultura remix”, a qual abrange todas as mídias,
sendo enormemente facilitada e democratizada a partir do avanço da
informática e de todas as ferramentas trazidas por ela. A tendência
do mashup
só tende a aumentar à medida que o fluxo de informação
compartilhada cresce vertiginosamente. Segundo
Tom Chatfield, centenas de bilhões de livros
foram
publicados no mundo todo desde a invenção da prensa, num espaço
temporal de quinhentos anos. Esse volume todo representaria menos de
um mês de conteúdo compartilhado na internet atualmente.2
Como
aproveitar ao máximo as potencialidades da “cultura remix”,
anabolizadas
na atualidade
pelos meios digitais? Por
se integrarem ao conjunto de tecnologias que ampliam nossa capacidade
de aprendizado e de comunicação, essas tecnologias devem ser
centradas nas experiências que podem proporcionar a nós,
indivíduos.
Não é minha intenção explorar todas as possibilidades que os mashups trazem para as nossas vidas (isso seria impossível neste espaço!), me limito apenas a indicar algumas das possibilidades do mashup na educação para provocar a nossa reflexão.
Na
área
da educação,
novas formas de comunicação entre professores, entre professores e
alunos, e
entre alunos e alunos são criadas a partir da “cultura remix”.
Novas percepções de si e dos outros surgem a partir da realização
de interações
que ativem e envolvam múltiplos sentidos.
Também novos
caminhos criativos e novas disposições
de dados se
tornam possíveis a partir do mashup
de
informações.
Novos
desafios também surgem como a
questão do respeito aos direitos autorais, o
trato
da ética e do respeito na utilização das novas tecnologias e no
convívio virtual com os colegas.
Por
fim, o
mashup de imagens, áudios,
textos,
culturas,
pode
contribuir para disseminar ideias, ideologias e valores,
possibilitando também novas formas de ação política para todos
nós. As consequencias ainda são imprevisíveis. Diante deste novo
mundo, eu não consigo deixar de ter um olhar otimista. Na
era da informação, mais do que nunca precisamos de alguém ao nosso
lado. No
video a seguir,
a música transcende barreiras, atravessa
continentes
e com a ajuda da tecnologia nos integra de maneiras antes impensadas.
O
mashup
de
informações aumenta a nossa capacidade de sonhar.
Neste
sentido, recomendo o belo vídeo abaixo.
Stand
By Me | Playing For Change | Song Around the World
(Esse vídeo caiu hoje no meu colo a partir do compartilhamento de uma colega no facebook. Destino?)
1SOUZA,
Randolph Aparecido de. A Estetica do Mashup. Dissertação de
mestrado apresentada na PUC-SP em 2009. p. 22
2CHATFIELD,
Tom. Como viver na era digital. Rio de Janeiro: Objetiva,
2012
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